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Inferno Hammer

Chapter 9: A viagem é por minha conta

Notes:

Desculpa pela demora de MESES nesse, justo nesse meio tempo meu trabalho aumentou muito e fiquei sem os meus horários livres. Mas dei um jeito e a boa noticia é que o 9 ja estava em produção

Como sempre beijos e obrigado por ler

Chapter Text

Procurado 




Estou em um impasse nesse momento. Entre deixar aquela pessoinha me seguir em seu cavalo chique, para ver se a situação aplacava meu tédio, ou acabar com isso agora e imediatamente por pura preguiça. Os dois diabinhos estavam no meu ombro debatendo…

Pessoinha porque era uma criança ou uma pessoa muito pequena. Parecendo ainda menor em seu Garanhão enorme. A máquina era de última geração, mesmo distante consigo ver o brilho em seus ópticos, era um precito. Chique porém um modelo muito bom, a pessoa que comprou entendia uma coisa ou outra sobre o veículo. Estava trotando a meio quilômetro de distância atrás de mim a pelo menos uma hora. 

Ela até tentou disfarçar sua perseguição enquanto estávamos em áreas povoadas, mas aqui no cânion ia ser difícil. De qualquer modo eu já tinha percebido, essa era uma situação tão comum quanto respirar, muitas pessoas querem minha bundinha linda. Dessa vez era um completo desconhecido, minha memória tende a falhar muito isso é verdade, só que não lembro de dever dinheiro para nenhuma loira sardenta nos últimos tempos.

Melhor que se for uma criança a situação é ainda mais fácil de resolver, só dou um susto nela e mando de volta para os pais. 

Fiquei três dias em Fronteira sem ser perturbado, tentando pegar um período tranquilo para viajar. Bem quando o trem esta em viagem então há zero transeuntes nas estradas, mas parece que me dei um tiro no pé novamente. Esse cânion é bem inóspito, apenas a paisagem de paredões de rochas, vegetação mínima, sol castigando cada movimento seu, e claro, os trilhos.  

Estávamos bem no alto da parede no cânion, era possível ver os trilhos mais abaixo no vale, eram suspensos entre as paredes do desfiladeiro com uma estrutura de metal. Meu plano anteriormente era evitar o maldito trem, mas se a situação escalar talvez eu tenha que recorrer a medidas drásticas para me divertir um pouco. Comecei a desacelerar pacientemente, para ver se a pessoinha iria perceber e tomar uma decisão, ou se era inocente no final das contas, uma outra viajante que acabou por coincidência na mesma estrada. 

Resolvi por fim parar Catherine e ver onde essa encruzilhada ia dar. A perseguidora suspeita continuou se aproximando vagarosamente até eu conseguir vê-la melhor. Uma criança, definitivamente uma criança, não devia ter mais que quinze anos. Provavelmente a criança mais sardenta que eu já vi. Tinha um olhar carrancudo que só piorava com a sombra que a franja loira projetava sobre eles. Apesar de toda essa energia de descontentamento pairando, essa menina tinha um leve ar de pompa. A roupa era como seu Garanhão, apesar de cara tinha um aspecto de praticidade e eficiência. O cabelo dela tinha cachinhos perfeitos nas pontas mas presos em um rabo de cavalo com um laço vermelho bem chamativo.

Era uma pessoa estranha, essa pequena lady.

Seguiu se aproximando até ficarmos poucos metros de distância, nossos garanhões se encarando com olhos vazios. As únicas coisas que a pequena lady carregava era uma mala no flanco do garanhão e uma arma de fogo nas costas. Ficamos nesse impasse por um tempo até ela resolver se manifestar.

- Roderick Namara.

- Falou comigo?

- Não, falei com seu cavalo.

Isso despertou na minha face mecânica o mais próximo que conseguia de um sorriso. Fingi me virar para ir embora. Esse jogo estava começando a ficar engraçado.

- Ainda bem, até um outro dia.

- Um momento, senhor.

Ela apontou para a minha bagagem no flanco de Catherine.

- Posso saber o que tem aí nesse caixão? 

- Um monte de bosta.

O formato de caixão realmente chama muita atenção indesejada, mas é uma piada tão engraçada que eu me recuso a trocar essa porcaria.

De longe o apito do trem soou. Coloquei minha mão atrás da orelha em um gesto exagerado de que escutei algo.

- Desculpa garota, seria ótimo ficar conversando aqui com você, devemos ter tanta coisa em comum! Mas infelizmente, tenho um trem para pegar.

- Você fala demais.

E apontou sua arma para mim. Sacou ela em um movimento curto e rápido, ela era boa. Portava um rifle longo de calibre 32, cano novinho, e cravado em seu cabo de madeira havia a letra B em uma grafia ornada. “Breckenridge”, da melhor qualidade, e do maior preço também. Só não consegui identificar o modelo, deve ser customizado. 

Seu cavalo, a arma, e o fato de estar bem limpa no meio da terra árida, tudo indicava que vinha da cidade. E mais uma coisa muito importante, assim como eu ela deve ter escutado o apito. Ou era realmente surda, o que eu duvido, ou ela não tinha medo algum de trem. Mesmo crianças já ouviam histórias de terror sobre a ferrovia, ela não era completamente ignorante, apenas muito confortável com a presença das máquinas. Isso só podia significar…

- Estamos já um pouco longe de Coin, pequena lady, seus pais devem estar com saudade.

Provocações simples não iam funcionar com uma criança armada. Levantei as mãos para evitar que ela se chateasse mais.

- Roderick Hadron Namara. 

- O próprio, ou aquele que o nome que está no papel, ao menos. 

- Você é procurado por atividades ilegais pela guarda de Coin.

- Não sabia que oficiais da lei usavam lacinhos nas botas.

Se sentia algo com as minhas palavras, não demonstrava, seguia o mais estoica que sua pequena figura conseguia transmitir. Continuei com as mãos levantadas enquanto pensava no que ela poderia querer de mim. Como confirmado ela vinha da cidade de Coin, lugar que passei a uns meses atrás para um trabalho. Mas de jeito nenhum ela estaria conectada ao serviço principal, certamente era de um dos vários bicos que fiz aproveitando para ganhar uns trocados. 

Esse era o problema, fiquei menos de duas semanas em Coin a pelo menos quatro meses atrás, foi um trabalho rápido e de última hora. Impossível lembrar de algo pequeno assim. Teve algum loirinho?

- Olha garota, seja quem for que eu matei, não foi pessoal, fui contratado. - Se quer ir atrás do culpado, devia ir atrás do mandante.

Um fato que era custoso pra muita gente entender. Deve ser mais confortável pensar que consegue fazer algo sobre isso, um serviço de assassinato em uma cidade como Coin era o olho da cara, então meu patrocinador seria obviamente muito abastado. Por isso era mais fácil ir atrás do pé rapado que meteu a bala, fazer o quê? Eles que matam, eu só puxo o gatilho. 

- Phillip Breckenridge. - Ela declara.

Breckenridge…? Aí foi o boi com a corda mesmo, matei um moleque rico e não lembro? Essa menina devia ter pelo menos um pouco de raciocínio lógico de ter decidido ir atrás de mim. Apesar de toda essa seriedade, é só uma criança. Vou continuar com meu primeiro plano, dar um sustinho nela e vazar, não quero família rica de Coin no meu pé. E como se atendendo meus pedidos, o barulho do trem se aproximava cada vez mais.

Fiz uma nota mental para lembrar de orar para Aquele que Acompanha um dia desses.

Tem um truque que eu usava muito, ele vem de uma época de quando as pessoas ainda usavam cavalos de verdade, faz o que? Uns duzentos anos? Enfim, é uma “falha” no meu design. É um charminho simples mas muito útil. Ainda mais fácil se eu já estiver com meus braços levantados.

Não. Me segurei no último momento.  A pequena lady não é um cavalo. Tenho uma ideia melhor.

- E mais uma amostra grátis do meu conhecimento. Aproveita que é a última. - Falei ainda com as mãos levantadas, só funcionava assim. - Não adianta apontar uma arma para alguém que não tem medo de tomar bala.  

Com isso apertei bem as esporas de Catherine, ou seja, acelere. Ela arrancou em direção a menina, sua cara de surpresa foi impagável. Ela tentou recuar com o garanhão, mas estávamos relativamente perto e Cathy era muito rápida. Um momento antes de colidirmos, Cathy deu uma derrapada para logo mudar o curso. Mas antes eu me pendurei nela de lado e num impulso chutei o rifle da pequena lady. 

Ainda com ela em choque, pulamos para o desfiladeiro. 

Deixe que ela atire nas minhas costas, não faz diferença. Vai ter um tempinho até recolher a arma do chão. Eu só precisava de uma pequena vantagem na corrida, para Catherine conseguir alcançar o trem antes que aquele cavalo modernoso chegasse perto demais de nós. Disparamos como um bode da montanha pela parede do cânion abaixo em direção aos trilhos. Cathy rangia e soltava fumaça.  

- Irra!!!

Uma boa atividade para animar o começo de uma bela sétima.

 

Herdeira

Como nas histórias, ele era louco. Quero entender como aquele corpo metálico conseguiu fazer uma acrobacia tão ágil no cavalo e ainda chutar minha arma. 

Felizmente, comprei um garanhão de ótima qualidade. Ele seguia comandos com uma rapidez e eficiência, se agachou para eu alcançar o rifle e logo se pôs de pé. Coloquei meus cintos e me firmei bem em cima dele, atirar em movimento era complicado. Certamente era ainda mais difícil acertar um homem a 40km/h pulando em um cânion em cima de um cavalo de metal, a boa notícia era que o alvo era maior que os patos que eu estava acostumada.

Direcionei as rédeas para podermos seguir ele pela parede do cânion, meu garanhão Lyman mk2 atrás da lata velha dele. Se não fosse meu descuido idiota ja teria o alcancado, tudo bem o fato dele pular atras dos trilhos tambem não ajudava.

Devia ser isso o que ele pensava. Afinal fazia tudo parte do meu plano.

Dei uma olhada no meu relógio de bolso, o trem estava no tempo, ótimo. Voltei a pegar o rifle e espiar ele pela luneta. O apito soou novamente, o pequeno Brym estava quase nos alcançando. O plano não era nada bom, dependia de muitos fatores que de certa forma podem ser imprevisíveis. Dependia de Seraphina aceitar ou sequer entender sua parte, da pessoa que eu paguei para dizer o que ela tinha que fazer não ter me tapeado, do trem não se atrasar do tempo que eu estipulei para encontrar o Rod ferrugem na estrada… E o pior, acreditar nos boatos sobre ele, que não me mataria na hora e sim fugiria do confronto e da responsabilidade. Admito, tem mais furos que a cueca do meu irmão. 

Era um plano perigoso e arriscado, mas eu estava literalmente correndo contra o tempo. Em que outro lugar de todo continente de Íris Rose esse homem estaria na próxima vez? Minha janela de oportunidade era muito pequena e instável. Eu poderia mentir que foram meses de cálculo e planejamento, mas no fim das contas eu só queria atraí-lo para o trem e direcionar ele para o vagão certo.

Quando os boatos vieram de que ele estaria em Fronteira por um tempo antes de viajar, tive que tracar inúmeras rotas no deserto e seu propósito usual para os viajantes. Essa que estávamos era utilizada especificamente por foras da lei e fugitivos, e evitada por viajantes devido à proximidade com os trilhos. 

Firmada no cavalo arrumei o rifle nos braços novamente, mesmo com minha segurança nos braços era difícil não tremer nessa velocidade. Por isso fiz questão de instalar no meu garanhão um apoio para o rifle em seu pescoço. Eu me garanto, mas porque dificultar as coisas? Nunca atirei em cima de um garanhão. Observei a movimentação do meu procurado pela luneta da arma, ele chegando cada vez mais perto dos trilhos.

Com o som cada vez mais próximo, o Pequeno Brym resolveu dar o ar da graça, avançando pelos trilhos, o “humilde” trem de passageiros. Sempre fui cética quando me descreviam a monstruosidade dos trens, e não sinto que isso vai mudar hoje. Era uma máquina impressionante? Sim. O porte? Mediano. Talvez eu estivesse sendo injusta, ele deveria ser convidativo, ele transporta pessoas afinal. Vou guardar minha expectativa para um cargueiro.

O Brym só me parecia meio brega, sua forma era bem bonita e construída, tinha um ar rústico que lembrava argila, mas era completamente arruinada pelo amarelo terrível de sua pintura.

Voltei minha atenção para o meu alvo, a hora de experimentar a durabilidade daquele garanhão seria agora. Ele iria para o trem, sabia que não me venceria na corrida contra a minha montaria. 

- Mas que porra…?

Do outro lado do cânion, de trás de um rochedo, saia uma imensa criatura voadora. Tão absurdo era aquilo que tirou completamente minha atenção do Rod, e o pior, ela parecia estar indo em direção a ele também. Essa criatura… era do tamanho de um urso, com um focinho e patas similares, mas em contrapartida tinha penas e gigantescas asas como a de um pássaro que a carregavam pelos ares.

Era um burso? Vivo? 

Esse tipo de criatura era originário de um espírito antigo das florestas do sudoeste, aprendi na aula de história sua significância, e na de biologia sua extinção. 

Cada maldito segundo que eu dedicava a isso a situação piorava, porque montado em cima do burso havia um ser mascarado que eu não conseguia identificar. Sem rédeas, apenas agarrado a seu pêlo e a sorte. A máscara tinha uma longa juba de pêlos atrás, somado ao burso a misturavam naquilo tudo, impossível distinguir dessa distância. Podia ser o calor do deserto me fazendo enlouquecer, não devia ter tirado meu chapéu, olha o que a insolação tá fazendo comigo.

Mas era real, era real sim e estava voando perigosamente em direção ao meu alvo. Roderick deve ter percebido e tentou apurar mais seu passo. A lata velha que ele cavalgava podia ser resiliente, só não sei se conseguiria resistir a uma patada daquela coisa e ainda correr de mim. Não consigo ver seu rosto desse ângulo mas nada na sua linguagem corporal indicava pânico, aquele maluco deve estar achando tudo muito engraçado. 

O mascarado em cima da fera também se preparava, assumiu uma postura de antecipação. Tínhamos o mesmo alvo, ele estava se preparando para agarrar ele. O trem por outro lado estava se juntando à perseguição, perigosamente perto de nós. Agora eu teria que pôr a prova “corre mais rápido que um trem” quando me venderam o garanhão.

A besta e o mascarado enquanto isso não perdiam tempo, ficavam tentando dar rasantes no Rod Ferrugem e voltando para o céu. Deve ser o medo instintivo de ser atingido por um tiro. Entendo.

Foi em uma dessas brechas que o procurado achou a janela de oportunidade para pular de vez no trem. Sua lata velha escapou de uma patada destruidora do burso e foi em direção a uma ponta para pular em direção ao trem. E o desgracado conseguiu, seu garanhão velho e enferrujado conseguiu pular da parede do cânion até o teto do trem. Roderick conseguiu se segurar, mas o seu guerreiro de cascos não. Devido a seus desvios do ataque da besta alada, não se equilibrou e só conseguiu lançar seu cavaleiro até o trem e depois cair pela borda. 

O burso mudou seu curso de voo para voltar a perseguir o mercenário, mas no momento que começou a se aproximar do trem, o homem de lata usou sua mão livre para sacar sua pistola do coldre da cintura. A criatura prontamente recuou e voltou a sobrevoar o trem. 

Apesar da velocidade do trem, Roderick conseguiu se manter firme para pular da lateral para o trem, começou a correr por cima dos vagões, batia no chão com firmeza às vezes, devia estar procurando uma escotilha. Com ele distraído vi minha chance para retardar seu progresso. Ajustei a posição das mãos na arma mais uma vez antes de puxar o gatilho, tamborilando os dedos e…

Bingo. Acertei bem no joelho que devia manter o suporte da sua perna. Era difícil saber como homens de lata velhos que nem ele funcionavam, então fiquei no seguro. Ele fraquejou por meio momento e voltou atrás da escotilha. Apesar do meu tiro, ele começou a ir na outra direção, estávamos muito à frente do trem, devia ser o quarto vagão, a fuga dele do mascarado tinha atrapalhado tudo. Eu queria atrair ele mais para trás com os tiros, só que ele seguia em frente. Quase gritei de frustração.

Deviam enfim ter achado o que procurava, porque Roderick se abaixou e deu um soco com força no teto. Enquanto isso, o mascarado pulou do burso e começou a correr atrás dele. O mascarado também tinha uma firmeza impressionante nesse veículo em movimento. Tentei impedir o homem de lata mais uma vez com meu rifle, mas ele foi mais rápido, quando consegui abertura para atirar nele abriu a escotilha e saltou por ela. Meu tiro passou de raspão atingindo apenas sua mão.

- Merda! 

O mascarado parecia igualmente chocado, querendo ir atrás de Roderick mas suas orelhas pontudas seguiram o som do meu tiro. 

Todo esse desastre me distraiu de que estávamos chegando no fim do cânion, e em breve eu ia perder contato com os dois, o trem ia entrar num túnel. Esperar até a próxima estação adicionaria ainda mais variáveis. Como Seraphina ia achar ele nesse vagão? Nossa comoção toda ia atrair a atenção das defesas do trem, que devem estar mais confusos que qualquer coisa.

“Que merda, o que eu faço!?” gritei internamente.

E o que eu fiz em seguida foi decidir pular no trem também. Esse lugar deveria se chamar o cânion das boas ideias. 

Assim como o homem de lata procurei uma ponta boa para saltar, avistei uma parte da parede especialmente perto do trilho, era isso. Apertei as esporas para podermos alcançar a tempo. O garanhão que eu estava montada era muito inteligente, sabia a hora de parar para eu saltar. Caí com tudo no teto metálico, não consegui suprimir um grunhido de dor, e quase rolei pela beirada. Só de conseguir se segurar num trem era um esforço descomunal, minha sorte era que o trem de passageiros não era absurdamente veloz. De canto de olho vi meu garanhão seguindo o trilho, pelo menos isso deu certo.

Pensei ainda menos nesse plano, o vento açoitava meu cabelo violentamente. Tentei levantar e ficar de pé, impossível. “Então porque eu to aqui??”

Em poucos minutos não seria mais possível ficar onde eu estava, eu mal conseguia andar, estava indefesa com minha arma nas costas, a única parte boa dessa insanidade foi não ter perdido meu garanhão. Comandei ele a seguir a rota até a estação de trem, com sorte ele estaria lá até chegarmos. Só conseguia observar meus arredores, ajoelhar foi meu máximo, segurando na haste lateral da locomotiva.

Novamente avistei a juba de pelos mascarada que assobiou para o burso, a fera se pôs a voar para longe do trem. Continuou a circular o veículo mas estava perdendo velocidade. O mascarado em contrapartida começou a correr na minha direção, ele era muito rápido.

- Pequena! Cuidado!

Não! Tinha dado tudo errado. Ele não entrou no vagão certo. Eu to presa em cima de um trem em movimento prestes a virar panqueca na parede e tem um ser desconhecido assustador vindo na minha direção.  

- Para! Me solta! 

Não tive tempo de pegar meu rifle e de não fazer absolutamente nada enquanto o mascarado me agarrava e arrancou comigo até o último vagão comigo nos braços, caímos juntos pela escotilha momentos antes do túnel engolir o trem.

Notes:

Uma versão em inglês esta nos planos! Em breve compartilho mais detalhes.